Algumas capas que fiz durante a décadas de 70 e 80
Uma limpeza particular e absolutamente necessária.
Decepcionado e saído da Escola Nacional de Belas Artes nos difíceis 1964/69, garoto, abandonei o curso sem esperanças e expectativas. Vibrando apenas o meu desejo de trabalhar em paz com as artes gráficas, uma novidade, sem abandonar a pintura, sou “inesperadamente” convidado ao exercício do meu desejo. Fizera um cartaz que visto pelo André Midani, gerente geral da Phonogram, depois Polygram, hoje Universal, desencadeou os novos fatos. A partir daí, e durante a década de 70 e meados dos anos 80 trabalhei para a indústria do disco como artista gráfico, capista e diretor de arte. Uma "viagem" estelar!
Era o bom e velho long-play com capas e contracapas impressas em dois quadrados de 31,1 x 31,1cm. Aos olhos do público dos CDs e Dvds atuais as capas de disco eram verdadeiros “outdoors”. Um espaço maior do que um médio monitor de computador, uma “telona” sem moldura...
Mais de quinze anos dentro de uma "mídia nobre” juntamente com a TV, o radio e o cinema. Assinava as “minhas” capas como Aldo Luiz sem a consciência plena de que estava fazendo História. Eu estava lá com meus três Eus, era feliz no zero e não sabia.
Éramos jovens sonhadores como penso deva ser todo jovem em busca de realizações e oportunidades para expressar nosso potencial ilimitado. Ou não?
Melhor dizer; havia um horizonte finito limitado por memórias ancestrais repetentes que não imaginava em meio a tantas excitantes novas tarefas e responsabilidades.
Escolhera viver meus sonhos, se possível sem perder a ternura jamais.
O que me surpreende e intriga neste momento 2009 olhando e limpando essas memórias, é o quanto somos manipulados pelos verdadeiros donos da mídia em proveito de seus milenares interesses particulares rarissimamente confessos e publicados.
O fascínio do contato com os “astros” e as “estrelas” da música, no meu caso, seus bastidores de fracassos e sucessos me tomavam o coração e o espírito emocionado enchendo-me o ego dividido entre o profissional colaborador e o fã admirador.
Um susto e tanto foram meus primeiros contatos com verbas, planilhas, “budgets”, custos, gastos, concorrências e cifrões enevoando as criações artísticas quando ao final do primeiro ano fui alçado ao cargo de diretor de arte. “Agora você é um patrão menino!” Estava eu às voltas “novamente” com esta memória para mim muito complicada; o bendito dinheiro. Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato!
Agora me parecia uma complicação maior, fazer arte e pensar em verba, custos, lucro, perdas, ganhos, pagamentos, fornecedores, prazos e uma montanha de outras tarefas e papeis jamais falados na escola.
Aliás, em qualquer escola aqui no Brasil, principalmente as de arte. Aqui todos nós discutimos economia e finanças. Somos todos acossados por força do sistema que nos mantém acuados com as mais reles necessidades sempre restauradas de crise em crise. Esperto isso por parte deles, concorda?
Uma questão cultural? É o que apregoam diuturnamente através da mídia. Se assim é, melhor saber que alguém programou de propósito e nós aceitamos em 100% de irresponsabilidade tal estado de desinformação. Jamais se ouviu falar na mídia televisiva ou fora da internet, por exemplo; do The Zeitgeist Movement.
“E dinheiro é energia vital, não há como negar isso. A circulação é importante para manter sua vitalidade e ele voltando para você multiplicado e abundante. Dar implica em receber, são dois lados da mesma moeda: o fluxo da Energia Universal.” Al Mcallister em “O portal”.
O dinheiro é a energia vital, pois sem ele não podemos fazer circular nossas criações, nossa manifestação divina e perfeita em nossas humanas produções sejam elas quais forem.
Um programa há ancestralmente implantado em todos nós e principalmente nos artistas, de “conflito” entre trabalho de arte, criação artística, custo, valor, preço e lucro!
“Artista não pensa nessas coisas”, “É a cigarra cantando enquanto trabalha a formiga”, “O dinheiro não trás felicidade”, “Mais vale um gosto que seis vinténs”, “Dinheiro não é tudo”, “Mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no reino do céu”.
Esses são alguns dos inúmeros exemplos de programações em memórias repetentes que visam depor e indispor-nos contra o bendito dinheiro.
Abrindo e fechando torneiras.
De modo geral se paga bem a “alguns” artistas, pequenos deuses em quase todas as artes. No futebol, por exemplo, para que cumpram seu papel difundindo a escassez sem perceber ao afirmarem que a abundância e prosperidade são para “alguns sortudos” e não para toda humanidade.
Não é a toa que “alguns” recebem o título de rei ou rainha disso ou daquilo e há sempre uma tabela atualizada de milionários dessa ou daquela arte no mundo em todos os veículos midiáticos.
A grande maioria dos artistas jovens e profissionais da mídia mundo afora, responde bem ao processo de inflação do ego em programas de idolatria e acirrada competição entre todos pela fama e riqueza. É milenar esta tática. Perguntem aos gladiadores no império romano. Para os obedientes ao sistema o caminho pode encurtar. Sem esquecer que há os “contestadores”, os rebeldes sem causa que dão muito lucro também.
Aos verdadeiros contestadores do sistema, os que podem desvelar a verdade na mídia, está reservado o ridículo, o fracasso, o ostracismo, a pobreza e até a lei, ou pior. Deixa-se escapar um ou outro de talento incontestável para reforçar a idéia de que a exceção confirma a regra. É o bem aplicado truque do dualismo.
Abre-se então o outro canal de veiculação desta premissa colocando o “merecimento” ao estrelato à obediência aos preceitos estabelecidos de acordo com os interesses pecuniários do investidor como condição elogiosa para “o sucesso”.
A idéia deste “merecimento”, vendida ao público, é posta cinicamente nas mãos da divindade que premia ou castiga. Os intermediários do Deus lá e nós cá, homens auto denominados "autoridades representantes" de todos os negócios e banqueiros por detrás, dão seu jeito de corpo, lavam as mãos e se inocentam de um hipotético fracasso. E a porta para o sucesso se fecha. Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato!
A casa do divino não tem porta.
O dinheiro é bom quando tem e ruim quando falta?
O dinheiro não é bom nem mau, é uma força energética poderosíssima. Energia que faz fluir e circular o Divino de cada um em nós e entre nós. Sem ele quase nada se faz, com ele quase tudo se pode. Dependerá da quantidade e do conteúdo de memórias e recordações em nós dar a ele o bom destino que frutifique em paz e amor para o bem individual e o bem de todos.
Aqueles que detêm e controlam o fluxo do dinheiro interferem no fluxo de energia vital. Interferem na vida. Eles sabem que a abundância do Universo é inesgotável. Cônscios desta afirmação os banqueiros do mundo sabem que abrindo ou fechando a torneira do dinheiro podem, interferindo no fluxo vital, tentar dominar o mundo ao seu gosto submetendo-o às zonas de escassez ou abundancia. Mas, para que isso aconteça é importante que as massas não saibam que isso acontece e está acontecendo, e só é possível enquanto e porque elas não sabem disso.
Mas se a casa do Divino não tem portas e o celeiro Universal do Criador é infinito e em permanente expansão, então como pode haver escassez de qualquer coisa? Algo precisa ser mais bem compreendido e reavaliado por nós.
Enquanto isso não acontece, contrata-se a mídia global para não deixar que isso aconteça.
Durante muitos anos o lucro líquido ia embora para a Alemanha e Holanda, e só ficavam aqui 14% (sob protestos, 10% já seria muito) para reinvestimento alegando alguma necessidade deles para isso. Para se ter uma vaga idéia desse dado ao final de um semestre (década de 70), foram remetidos seiscentos milhões de dólares de lucro líquido para a Holanda. Vazou a informação pela primeira e última vez e nunca esqueci disso. Nessas horas ninguém infamava o bendito dinheiro.
Mas que dinheiro afinal faz essas fortunas?
É o dinheiro das massas que lotam os “circos” com ou sem pão. Nesse caso estamos dentro do setor de “serviços”; do sonhar e fazer sonhar como Alice no país das maravilhas.
Um mundo "glamouroso" quase sempre perfeito de irrealidades e fantasias. A fuga em escapismos de memórias sempre doloridas pela escassez de tudo para quase todos desde os bens materiais mais elementares até os bens do amor e do afeto principalmente.
É do setor de “serviços” o farto dinheiro do “esquizofrênico entretenimento onde rola de tudo", muito, ao qual a arte de corpo e alma, boa ou má, presta serviço às mídias em geral. (Atualmente preza-se em quase todos os veículos, nas mãos ferozes de uns poucos, o mau gosto e a miséria pensante em favor da estupidificação das massas para imposição da barbárie. E como dá dinheiro isso!)
Propaga-se aos sete ventos a idéia de que o bendito dinheiro é privilégio de alguns iluminados.
Distante de qualquer conteúdo ético ou estético, banqueiros num simples digitar de teclados em seus computadores manipulam um dinheiro virtual inexistente em circulação e publicam seus lucros cada vez maiores.
“É a grande ilusão do carnaval, a gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho pra fazer a fantasia de rei ou de pirata ou jardineira, pra tudo se acabar na quarta-feira. Tristeza não tem fim, felicidade sim.”
Continuarei em outra postagem. Limpemos este programa ancestral de memórias de dinheiro, sempre compartilhado, sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato!
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