MUDAR DE VERDADE

 

Eu preciso viver no agora.

Olhando para o mundo, pensava isso, comecei  em mim a limpeza de programas/memórias infelicitantes.

E o divino orgônico campo quantico de infinitas possibilidades que atende nossos pedidos; Limpava.

Peço ao Divino em mim a limpeza, que só Ele, criteriosamente, pode fazer, na certeza absoluta que todos os nossos pedidos/pensamentos são sempre atendidos.

Já incorporei esta atividade em mim.

Fazia isso sempre que passava por ali, e mesmo longe dali sempre me lembrava de agradecer por tudo o que estava em minha vida. Todas as minhas vitórias, as minhas derrotas, meus "sofrimentos" por expectativas, ou minhas alegrias por um pedido esquecido e agora atendido e reconhecido. Sou grato.

Agradecia admirado, enquanto olhava vendo o meu adorado e muito cultivado "jardim anárquico" que ainda envolve a casa onde habitamos criando nossos filhos, cultivando amigos e a Arte por mais de trinta venturosos anos, quando da enorme goiabeira a folha amarela caiu. 

Naquele mesmo instante, o canário da terra, também amarelo como a folha que caiu, subiu do chão para a árvore...

Brilhante amarelo voou relampagueando um caco de sol no jardim.

Um canário caiu, ou uma folha levantou vôo? 

Foi aí, neste exato voado que compreendi a minha transcendental tarefa.

Compreendi que pedir a limpeza desses programas/memória sem expectativas me revelava a vida com a lúcida beleza que ela é, e tem sido desde sempre.

Para qualquer um, fazer pedido de limpeza de memórias e programas é pedir corajosamente por mudanças radicais dos padrões infelicitantes, todos... Ou não haverá mudança. Tem que querer, ter consciência do necessitar . Tem que vir da alma, do fundo do dentro.

Quer? Mas não muito?

Então não quer mudar nada. Pura enganação para ficar-se como está. No medo de tudo.  Reclamando sofrimentos... Viciado em reclamar.

O tempo passou e a gente não percebe.

Mal podia imaginar que pouco tempo depois dessas reflexões, quase num estalar de dedos, abandonaríamos meu maravilhoso jardim aos nossos próprios destinos. 

Compreendi, confiei e aceitei. Deixei-o ao divino sem olhar para trás.

Não sem antes me despedir de cada pedaço especial de luz e sombra multi facetado  e colorido. Abracei árvores emocionado, afaguei pedras e flores, pleno de gratidão por tantas infindas horas de orgônica transfusão energética, tres décadas de amorosa sublime admiração. Juro que ouvia suas vozes...

Bêbedo de verdes, parti, inteiro, seguindo o caminhão de mudanças. Uma nova parte da minha história estava começando. Foi mais uma grande prova da fé e do desapego.

Consegui vender coisas a preço de banana, mil livros e todos os conservadíssimos discos de vinil, ninguém quer saber mais disto.

Mas, é próprio do ser querer permanecer. Aí lembrei que assim a dor é maior...

A vida é aceitação de mudança, perene, sem o que estagna, apodrece, e, então, adoece e mata ou muda na marra sem pedir  licença.

Ingenuidade da memória/programa, ou memória/programa de ingenuidade?

Pois é, e eu queria compreender o que se passava enquanto nos limpamos. Pedia a limpeza e ficava prestando atenção para ver se dava um "flagra" no divino e entendia o que hoje sei que não é importante entender. 

Atrasou muito o resultado da limpeza essa minha ingênua malandragem.

São "trizibilhões" de infinitas pequenas grandes coisas EM MOVIMENTO se embaralhando na existencia luminosa desse infinito orgônico campo quântico de espelhos divinos que nenhum "computador maquinal" ou humano seria capaz de processar intelectualmente. 

Somos permanentes criadores. Estamos criando tudo de tudo o tempo todo. Mas, se não estamos no presente, sem ansiedade, sem expectativas, sem medo da vida ou da morte, sem medo de sentir medo, (porque ele existe), não criamos nada, repetimos, ou melhor, as memórias/programas se repetem e nos escravizam enquanto vivem desgraçando "nossa" vida. 

Parei de procurar e comecei a encontrar.

Percebi que começava a receber o que sempre foi meu desde sempre, bastou fazer silêncio. Ou melhor, bastou pedir a limpeza de programas/memórias de barulho. Será que estamos todos surdos? Perdemos a noção do valor do silêncio.

A silenciosa paz do SER em mim, para o meu bem e o bem de todos, é o silêncio de memórias e programas. O que significa uma nova verdadeira condição, MUDANÇA É REVOLUÇÃO INTERIOR, ABANDONO DO PASSADO, ABANDONO DE EXPECTATIVAS, DE CRENÇAS EM EU SOU OU ELE É ISSO OU AQUILO. 

Isso não dói? Muito. Mas, não se preocupe, isto nada mais é que só uma memória dolorosa insistindo em querer ficar maltratando enquanto desnecessária deixa de ser afagada. 

Libertarmo-nos desses programas/memórias ancestrais sem expectativas, pedindo e entregando ao divino orgônico infinito amoroso campo quântico de infinitas possibilidades em tudo a limpeza, o que é tarefa dele, e só ele sabe fazer, é uma profissão de amor e fé, é o treinamento ao amor incondicional.

Expectativas são programas/memórias de dúvidas (ausência da fé apregoada levianamente) na competência Daquele que nos criou e jamais deixa de zelar por nós.

E tudo o mais de bom nos é acrescentado infinitamente em abundância para o nosso bem e o bem de todos porque Ele é assim, abundância, Ele é isso, o nosso irreconhecido amor incondicional.

Ainda está duvidando? Sinto muito, sou grato.