A SEMANAO BRASIL PRIVATIZADO – ASSANGE, A ARROGÂNCIA BRITÂNICALaerte BragaNão deu para esperar as eleições de outubro e o governo peto/tucano de Dilma Roussef lançou parte do pacote preparado para novembro. Falou das “bondades” com o setor “produtivo”. Fernando Henrique gostou e elogiou a presidente. As maldades, essas vão segurar até o final das eleições. Flexibilização dos direitos trabalhistas e passos gigantescos no desmonte dos serviços públicos.As montadoras que operam no Brasil vendem seus carros subsidiadas pelo governo federal, a preços assustadores, numa operação conjunta com o sistema financeiro (juros sempre extorsivos), o brasileiro paga horrores por esses caros (a constatação é da bíblia do capitalismo, a revista FORBES citando a Chrysler) e o dinheiro sustenta as matrizes, muitas delas em estado pré falimentar.Todas elas, aqui ou nos EUA sustentadas com dinheiro público. Ou seja, o brasileiro paga para que as montadoras produzam carros e depois paga preços extorsivos para ter o carro. Dilma chama isso de “solução de gargalos da economia para gerar crescimento”.Essas “bondades” se estendem a todo o setor “produtivo”, vem aí a nossa safra de privatizações, agora com o disfarce de “concessões”. Rodovias, ferrovias e aeroportos”. Eike Batista, um dos maiores predadores ambientais do Brasil chamou isso tudo de “momento de felicidade”.Já os trabalhadores. A Justiça determinou a paralisação das obras da usina de Belo Monte. Entre outras bandalheiras, trabalho escravo. O exército norte-americano prepara-se para concluir as obras de transposição do rio São Francisco, construir uma hidrovia que facilite a ocupação do País caso seja necessário. Um general diz que se o Paraguai, agora em manobras militares conjuntas com militares dos EUA, virar problema no caso de Itaipu, “não temos munição para uma hora de guerra”.Quem tomou susto mesmo foi Aécio Neves. O governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, afirmou que pode vir a ser candidato a presidente da República. Se isso se concretizar vai disputar a indicação tucana com o ex-governador de Minas. A hipótese de Alckimin vir a ser presidente é aterradora. É só um Serra que gosta de terno jaquetão. E faz parte da OPUS DEI. Organização criminosa que controla o Vaticano desde a eleição de João Paulo II. E a ferro e fogo. Se Aécio é um desastre, Alckimin é o desastre pleno.Dilma conseguiu o que parecia impossível. A mídia de mercado, podre e venal, não teve forças e nem vontade de criticar o pacote de “bondades”. Atende aos interesses daqueles que sustentam empresas como a GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc.E deu um passo à frente em relação à disputa interna com o ex-presidente Lula. Dilma quer ser reeleita e Lula quer voltar. Nos bastidores, afirmação de boa parte dos jornalistas da mídia de mercado, Dilma torce por um resultado desfavorável a Lula no julgamento do mensalão. Enfraquece a posição do ex-presidente e fortalece a sua se algumas condenações surgirem ao final do dito.E ainda nesse quesito conta com o apoio não declarado da mídia de mercado. Essa faz uma guerra de cada vez. É destroçar Lula neste momento, devorar Dilma mais á frente. O PT por seus dirigentes acham tudo normal, deixam a militância à deriva e no final da história pretende ainda ter sido o inventor da esquerda.Pior que isso só parte do movimento GLBT da cidade de Juiz de Fora rasgar sedas para um prefeito tucano jogando fora sua história e seus compromissos. O prefeito é o mais alto índice de rejeição dentre os políticos daquela cidade mineira. Um monstrengo eleitoral do prefeito, a reforma da principal avenida da cidade, virou, segundo um pseudo líder GLBT, uma “bela avenida”. Arranjos de flores entre o tucanato e os corredores do poder.A luta nas ruas é outra.A arrogância dos britânicos no caso de Julian Assange é o que resta a essa colônia norte-americana na União Européia. A uma das colônias, são várias e a Suécia é outra.Leões desdentados, mas perigosos. No melhor estilo de assaltantes de quinta categoria tentaram entrar na embaixada do Equador pela saída de emergência do prédio para prender, segundo o direito internacional, raptar Assange, que teve seu pedido de asilo concedido pelo presidente equatoriano Rafael Corrêa.É compreensível a fúria dos britânicos. Deixaram de ser senhores. São servos e os que dobram os joelhos aceitam tudo.A operação de seqüestro de Assange fracassou. A vigília constante de militantes pró WIKILEAKS, à porta da embaixada impediu a barbárie.Não pode ser excluída a hipótese de uma tentativa de golpe de estado contra Corrêa a partir de militares e políticos de direita em seu país. Militares latino-americanos em sua esmagadora maioria têm uma tendência a sofrer espasmos frenéticos de adoração quando enxergam a bandeira dos EUA. Não têm compromisso algum com seus países.Mais ou menos como a turma que entra no desvario diante da besteirada de Michel Telo. Só que de farda e com canhões e tanques.O fundador do site WIKILEAKS, que revelou o caráter boçal e de barbárie dos norte-americanos/sionistas a partir de documentos secretos vazados para a mídia mundial, de uma sacada da embaixada pediu o fim da caça às bruxas e disse que o planeta está doente enquanto persistirem as perseguições à liberdade de informação.O plano terrorista dos que jogaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki, recentemente destruíram o Iraque, destroem o Afeganistão, reduziram a Líbia a pó e tentam fazer o mesmo na Síria, era a extradição de Assange para a Suécia e de lá para os EUA. O fim disso tudo? O australiano Julian Assange condenado à morte ou a prisão perpétua por mostrar a razão de ser de uma vez por semana um norte-americano endoidar e praticar tiro ao alvo contra “compatriotas” em nome da superioridade da nação que, segundo o desvairado Milt Romney, candidato republicano a presidente, “Deus criou para guiar o mundo”.O capitalismo é uma aberração. Deixa de lado o ser humano e privilegia os “negócios”. Em qualquer instância e circunstância. Seja no pacote de bondades, à custa do trabalhador brasileiro, da presidente peto/tucana Dilma Roussef, seja quando o leão britânico ruge sem dentes, mas ruge.A luta é nas ruas, não elogiando avenidas em que os vasos foram mudados de lugar e os currais construídos para “proteger” pessoas, tudo com empresas esquema caixa dois (é só apurar, não é preciso muito esforço), mas exigindo direitos e buscando mudar o modelo.Não comporta reformas, o modelo. Está falido de ponta a ponta.O desprezo pelos professores e servidores das universidades públicas brasileiras é o retrato do governo de Dilma, o do entrega tudo. A universidade pública é uma das mais importantes alternativas para sairmos da dependência tecnológica que vivemos. O que Dilma faz é bem mais que não querer negociar. É deixar a Universidade a deriva.
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Um comentário:
Aldo, grato pela coragem de descrever tão bem a nossa realidade. Temo que não tenhamos mais escolha pois a massa que elege está alheia a tudo o que lhes interessa. Estou com nojo de ser brasileiro. Uma terra tão linda com líderes tão ingênuos e tão corrúptos.
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