A Histórica Eleição de 2010 e as Ameaças a República
A campanha política deste ano de 2010 está eletrizante, o engajamento parece que aumentou.
De verdade que será uma das mais importantes eleições da história do Brasil em décadas.
O momento histórico proporciona um amadurecimento político suigeneris, nesta eleição presidencial ocorre algo novo, onde a população poderá entender o processo de um ponto de vista muito mais construtivo, poderá comparar duas vertentes políticas e sua forma de governar (comparando o DEM+PSDB+FHC e PT+LULA), muito mais que visualizar candidatos personalistas.
Isto é sinal de evolução política, desenvolvimento cultural da nação.
Poderá comparar governos recentes e seus resultados, enfim, suas linhas políticas.
Agora, aqueles que sempre dominaram o antigo jogo político da manipulação personalista estão desesperados, estão apelando para saídas não convencionais e anti republicanas.
Golpe sempre vem de quem esta perdendo o jogo ou acha que pode ganhar muito mais rasgando as regras do jogo.
A oposição, aquela da direita dura, seguramente deve estar pensando nisto, assim como as empresas privadas de comunicação (Partido da Grande Mídia), os quais estão em decadência econômica também.
São os que estão vendo seu poder e ganhos diminuírem.
Não nos esqueçamos do que está em jogo, o Pré-Sal (que pode ser entregue para eles mesmos ou vendido com comissão), a própria Petrobrás (4ª empresa do mundo), a CEF, BB e BNDS (que tem valores de venda enormes), além de que as finanças públicas estão saneadas (com grande potencial para novos endividamentos e jogadas financeiras), temos reservas internacionais expressivas que podem servir a jogadas especulativas em benefício de clientes escolhidos.
Tudo isto não é pouco, se imaginemos uma associação aos grupos empresariais dos EUA que quase faliram, seria um maná para os neocons, os golpistas teriam apoio fácil, e lembremos que o golpe de 64 foi armado e conduzido por um governo Democrata na Casa Branca.
O modelo de rompimento já foi testado e provado, com golpes pré ou pós eleitorais, com base jurídica via Suprema Corte e ou via Parlamento, com apoio da grande mídia e cobertura internacional, foi assim na Venezuela, Honduras, Geórgia entre outras.
A estratégia está andando, basta ver a instabilidade social que a grande mídia está forjando, o acirramento dos conflitos políticos e a judicialização do processo.
Devemos ampliar a consciência do jogo que se está armando, para interromper a construção do ambiente propício, é disto que se trata o atual momento político.
Mas um golpe de luva, via TSE, ainda pode ser viável.
Defender a democracia e a pequena evolução que este governo gerou é URGENTE.
Mesmo Lula tendo feito um governo com um perfil de centro-direita e super conciliador, os ganhos mínimos que foram proporcionados a grande massa de brasileiros da base da pirâmide social são intoleráveis para a minoria conservadora.
A articulação já está em marcha, vão querer derrubar a Dilma e o governo de conciliação que ela representa.
Os sinais estão por toda a parte, e estão sendo fomentados pela mesma mídia privada que estimulou a quartelada de 64.
A estratégia golpista mais elaborada seria uma impugnação das duas candidaturas, Serra e Dilma, assim salva-se a cara, e daí sai o Aécio Neves (PSDB) como o candidato da conciliação, como foi o seu avô décadas atrás.
Seria um golpe mais sofisticado, mas ainda assim um golpe contra a democracia.
É a estratégia ultra conservadora, estão com muito medo de perder no voto novamente, a solução passa por destruir a eficiente estratégia de toda uma aliança de forças que Lula montou para seu governo e vinculou a candidatura Dilma.
É torpedear o jogo democrático.
Os preparativos estão adiantados, e o momento propício é o da distração nacional na Copa do Mundo de Futebol.
Brasileiros nacionalistas e democratas, a hora é grave, a democracia nacional ainda anda a perigo, o momento é de atenção e ação, a manutenção do curso eleitoral, a disputa no voto depende do bloqueio de possíveis golpes na república, estejamos vigilantes.
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Um comentário:
Prezado Aldo,
Grato pela consideração de citar o artigo.
Um abraço
Walter
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