Por Redação [Segunda-Feira, 26 de Outubro de 2009 às 09:09hs]
O Parlamento Europeu deixou cair a emenda 138 no debate sobre as medidas reguladoras das telecomunicações, que considerava o acesso livre à internet um direito e estabelecia que qualquer medida que restrinja direitos fundamentais ou liberdades deve ser tomada somente em circunstâncias excepcionais e por meio de uma intervenção judicial. Agora o Parlamento aceita que seja diretamente cortado o acesso à internet pelas autoridades de qualquer país a quem faz, por exemplo descargas de ficheiros P2P (peer to peer) e permite que qualquer país limite, sem provas nem processos judiciais, o acesso à internet pelos utilizadores.
Associações de internautas (como a francesa La quadrature du net que defende os direitos e liberdades dos cidadãos na internet e o princípio da livre circulação do conhecimento) manifestaram-se contra o fim desta emenda que protegia os utilizadores da internet. No site de “La quadrature du net” pode ler-se que “a emenda 138 morreu por falta de coragem do Parlamento” e que assim o Parlamento tomou uma posição “errônea ao considerar que não tem uma palavra a dizer na defesa dos direitos dos cidadãos”.
A emenda 138 garantia que “nenhuma restrição pode ser imposta a direitos fundamentais e liberdade dos utilizadores, sem uma prévia intervenção das autoridades judiciais, em acordo com o artigo 11 da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia sobre a liberdade de expressão e de informação, salvo quando a segurança pública for ameaçada e a intervenção judicial decorrente for justificada”.
Por Esquerda.net. Releia entrevista de Sergio Amadeu sobre liberdade na internet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário