A campanha de Obama como "modelo"
"A Aliança de Movimentos Juvenis (AYM) é a resposta a essa necessidade. Começou com uma reunião em dezembro de 2008, na qual o Departamento de Estado se associou com MTV, Google, YouTube, Facebook, Howcast, AT&T, JetBlue, GenNext, Access360Media e a Faculdade de Direito de Columbia University para reconhecer e convocar aos movimentos do século XXI e dialogar com eles por internet, por primeira vez na história".
Durante a primeira cúpula da AYM, participaram membros da organização opositora venezuelana Súmate (financiada pela NED e pela USAID) e os criadores colombianos das marchas "Não mais Chávez" e "Um milhão de vozes contra as FARC". Os principais painelistas eram três assessores da campanha de Barack Obama para a presidência, incluídos Joe Rospars, diretor de Novos Meios da campanha; Scott Goldstein, diretor em linha de Obama para a América; e Sam Graham-Felson, diretor de blogging para a campanha Obama 2008. Também participaram Sherif Mansour, de Freedom House; Shaarik Zafar, assessor do Departamento de Segurança Interior dos Estados Unidos (Homeland Security) e oito altos funcionários do Departamento de Estado, juntamente com representantes de diferentes multinacionais da comunicação e das novas tecnologias.
Os criadores da exitosa campanha "supertecnológica" de Obama se juntaram com as agências de Washington para desenhar a estratégia perfeita. Combinaram duas novas forças na política -a juventude e as novas tecnologias-. Era uma combinação capaz de alcançar o que durante vários anos havia sido uma dificuldade para a CIA: a mudança de regime em países não subordinados aos interesses dos Estados Unidos sem que aparecesse a mão de Washington.
O movimento estudantil "mãos brancas", na Venezuela, financiado e formado pelas agências estadunidenses; os protestos anticomunistas na Moldávia; as manifestações contra o governo iraniano e os últimos protestos virtuais contra o presidente Chávez são exemplos dessa nova estratégia. As novas tecnologias -Twitter, Facebook, YouTube e outras- são as principais armas e os meios tradicionais, como a CNN e seus afiliados ajudam a exagerar o impacto real desses movimentos, promovendo matrizes de opinião falsas e distorcidas sobre sua importância e legitimidade.
A Aliança de Movimentos Juvenis é outro capítulo a mais nos planos de desestabilização contra países soberanos anti-imperialistas que rechaçam a dominação imperial.
A dupla moral de Washington reafirma esse fato.
Enquanto que o Departamento de Estado promove, financia e patrocina a formação de jovens de outros países no uso das novas tecnologias para desestabilizar seus governos, o uso do Twitter e do Facebook para convocar protestos contra as políticas de Washington dentro dos Estados Unidos é criminalizado. Isso ficou demonstrado há três semanas quando cidadãos estadunidenses foram presos por utilizar o Twitter para informar aos manifestantes contra a Cúpula G20, em Pittsburg, sobre as ações repressivas da polícia.
*Advogada venezuelano-estadunidense
Traduzido e publicado por Adital.
Eva Golinger *
Um comentário:
Pois e aldo, as morais foram invertidas, o bom e ruime o ruim é bom. Veja alguns dos posts sobre esta marionete.
http://www.anovaordemmundial.com/search/label/obama
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