Iara Lee: "Eles atiraram para matar e jogaram os corpos no mar |
em 03/06/2010 (12 leituras) |
Após desembarcar em Istambul, a cineasta brasileira Iara Lee, declarou a imprensa que “Os atiradores de elite do Exército de Israel entraram no principal navio da frota "atirando para matar" e que “Várias pessoas que estavam no barco viram soldados israelenses atirando corpos no mar". O barco Mavi Marmara que leva Iara e outros militantes da causa palestina levava apenas ajuda humanitária à Gaza. Depois que a British Petroleum começou despejar dezenas de milhares dede barris de petróleo no Golfo do México, passaram-se mais de duas semanas para Obama conseguir começar demonstrar sua postura sobre o problema. No entanto, poucos minutos depois de relatos de soldados israelenses abaterem trabalhadores humanitários em águas internacionais, Obama estava no telefone oferecendo sua ajuda política para o primeiro-ministro israelense. Que desgraça total. Ela disse ainda que o operador de internet do Mavi Marmara foi morto com um tiro na cabeça: “Ele estava na sala de operações, perto da ponte, por onde entraram os atiradores de elite. O corpo dele foi encontrado com um tiro na cabeça". "Era muito sangue, eu comecei a passar mal, tive ânsia de vômito e até desisti de procurá-lo." Violência desproporciona. Para a cineasta, a violência usada pelas tropas na ação foi desproporcional. "Nossa contabilidade é de que 19 pessoas morreram. Ainda há gente desaparecida, não sabemos o que aconteceu com eles. E ainda há feridos muito graves, praticamente morrendo, que não conseguimos retirar do hospital em Tel Aviv. A cineasta contou que a abordagem israelense ocorreu por volta de 04h30 da madrugada, no escuro, e que foi muito rápida. "Tinha dois barcos da Marinha. Quando a gente piscou apareceram dezenas de barcos de borracha, helicópteros, atiradores de elite descendo no barco. A marca registrada deles é o silêncio, fomos pegos de repente". "Foram atiradores de elite, todos vestidos de preto, armados. Nos barcos pequenos, eles usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e armas de choque. Mas no nosso barco, eles chegaram usando munição de verdade", conta. Iara acredita que os soldados ficaram assustados com o número de passageiros a bordo - mais de 600 - e que, por isso, ele podem ter optado por uma ação rápida com o objetivo de assumir imediatamente o controle do barco. "Esperávamos que eles atirassem para o alto, em direção aos nossos pés, para nos assustar. Imaginávamos que eles fossem tentar jogar redes nos nossos motores, deixar a gente à deriva no meio do mar, mas nunca imaginamos isso." Depois da abordagem, as embarcações da tropa foram levadas para o porto de Ashdod, em Israel, com todos os passageiros algemados. "Quando mandaram a gente descer do barco, já tinham jogado todo o conteúdo de nossas malas no chão, estava tudo misturado. Eram roupas, laptops, pijama, escova de dentes, tudo junto." Os ativistas voltaram para a Turquia apenas com a roupa do corpo e seus passaportes. Segundo a cineasta, todas as câmeras, telefones celulares e blackberries foram confiscados pelo Exército. Ela diz que perdeu US$ 150 mil em câmeras e lentes. Iara Lee saiu do Brasil em 1989 e passou 15 anos nos Estados Unidos, onde é radicada. Nos últimos cinco anos, ela morou em diversos países, entre eles Irã, Tunísia e França, onde filmou documentários. Redação SINTO MUITO ME PERDOE TE AMO SOU GRATO |
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sábado, 5 de junho de 2010
"Eles atiraram para matar e jogaram os corpos no mar"
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