Agora, aqui vem Judas.
Como com qualquer outra pessoa, Jesus é completamente apaixonado por Judas. Judas é a pessoa que Jesus mais ama no mundo (e isso vale para todas as pessoas, porque Jesus é Deus e tem capacidade infinita.)... e Judas o vendeu.
Uma coisa é ser traído por um inimigo. Outra coisa é ser vendido por 30 moedas de prata (pouco menos de 1000 dólares hoje) pela pessoa que você mais ama no mundo. E para tornar isso mais terrível ainda, Judas diz aos guardas que o homem que ele beijar é Jesus.E assim, quando Judas o beija, Jesus diz a ele: “Você trai o Filho do Homem com um beijo?”… há uma agonia ali que não pode ser descrita. Esta é a realidade da Encarnação.
Agora, perante o sumo sacerdote Caifás. Mesma coisa. Caifás e o resto do Sinédrio tinham como sua vocação, como todo o propósito na vida, orar pela vinda do Messias. Eles rezaram por Jesus (sem saber), para Jesus (sem saber). Jesus ouviu suas orações, e as orações de todos os sacerdotes por gerações passadas, e finalmente agora, está ali, em pé, na frente deles. E lembre-se, Ele os ama a todos, pessoalmente.
Olham-No de cima abaixo e o rejeitam totalmente. “Não, não. Você é todo errado. Você não é o que queremos. Queremos um grande rei macho-man para derrotar os romanos e sentar no trono. Olhepara você. Você está todo errado. Não queremos você. Vá para o inferno e boa viagem.” (“Mas sou eu. Estou aqui. Eu te amo.”) Agonia. Esta é a realidade da Encarnação.
Pilatos. Indiferença egoísta. “Olha cara, eu nem sei, nem me importo com quem você é ou quem você diz ser. Eu tenho um monte de coisas na minha mente e simplesmente não tenho como lidar com uma porcaria como esta.” (“Mas sou eu. Estou aqui. Eu te amo.”) Agonia. Esta é a realidade da Encarnação.
Os açoitadores romanos. Jesus foi açoitado e flagelado até a maior parte de sua pele ir embora, por homens que Ele amava infinitamente e intimamente. Você pode imaginarcomo Ele se sentia, enquanto caminhava para o pelourinho, se virando e vendo os rostos de seus açoitadores e os rostos de cada ser humano olhando para Ele? Pode imaginar ser lentamente e brutalmente chicoteado, à beira da morte, pela pessoa que vocêmais ama no mundo? Digamos o seu cônjuge ou seu melhor amigo? Uma coisa é ser chicoteado por um desconhecido total, mas, ser torturado pela pessoa que você maisama no mundo? (“Mas sou EU. Estou aqui. Eu te amo.”). Agonia insondável. Esta é a realidade da Encarnação.
As multidões. Em todos os lugares havia uma multidão de pessoas observando a flagelação, o julgamento, nas ruas onde caminhou carregando sua cruz ao Calvário. Cada rosto foi intimamente amado. E cada rosto único, com exceção de Maria, João, Maria Madalena e algumas outras mulheres, ou eram violentamente hostis, ou completamente indiferentes.
Gostaria de saber o que era pior? A razão pela qual eu pergunto isso é porque o oposto do amor não é ódio, como a maioria das pessoas podem supor. O oposto do amor é a indiferença. Não há golpe maior a ser dado em uma alma humana do que a indiferença. Quantas pessoas viram Jesus naquele dia – olharam nos seus olhos – e honestamente não deram bola.
“Viva. Morra. Seja o que for. Só não me incomode. Você está atrapalhando meus planos. Agora vou ter que sair completamente fora do meu caminho para dar a volta nessa bagunça infernal que Você está fazendo.” (“Mas sou eu. Estou aqui. Eu te amo.”) Esta pode ter sido a pior agonia. Esta é a realidade da Encarnação.
Quase todas as pessoas tratam Jesus com indiferença, de uma forma ou de outra. Estamos todos infligindo a agonia sobre Ele. Como? Você pergunta. Por pecar. Sabemos que os nossos pecados o machucam infinitamente, mas ainda assim os cometemos, de qualquer maneira. Poucas pessoas pecam porque verdadeiramente ODEIAM Jesus e querem machucá-lo. Alguns querem, mas são poucos em relação à maioria da população. Não. A maioria das pessoas é apenas indiferentes.
2 comentários:
Aldo amigo, melhor do que o post é saber que vc voltou ao nosso convivio virtual. O video da Ana é impressionante. Eu morei na zona rural uma época de minha vida e vi muito ruricola morrer de cancer, nem imaginava que eram vitimas do agrotoxico. Fique na Paz amigo e sua participação na sessão de quarta foi linda...
Pois é meu querido Guilherme, meu reino não é deste mundo, e, eles não tem pena de ninguém, nem deles mesmos. Será que eles, a tal da "elite", pensa que sobrevirão naqueles buracos já prontos para uso e dos quais na "senzala" ninguém sabe ou quer falar? Qual a razão de tal genocídio senão a implantação do escravagismo para mais mil anos dos que escolherem para sobreviver e servi-los?
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