quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Hackers tiram do ar site da Mastercad, em protesto contra perseguição ao Wikileaks
Depois de tirarem do ar página do PostFinance, banco suiço que ficou com o e1 mil euros de Assange, fundador do Wikileaks, hackers tiraram do ar site do Mastercad. É que Visa e Mastercad proibiram transferências para o Wikileaks:
A MasterCard e a Visa decidiram proibir as transferências para o WikiLeaks. Charles Arthur, editor de tecnologia do jornal The Guardian, faz notar que podemos continuar a usar esses cartões para doar dinheiro a organizações racistas como o Knights Party, que é apoiado pelo Ku Klux Klan. O site do Ku Klux Klan redirecciona os visitantes para outro site chamado Christian Concepts. Aqui são aceites donativos de visitantes que declarem serem “brancos e não descendentes de raças misturadas. Não sou casado com um não-branco. Não namoro com não-brancos e não tenho não-brancos dependendo de mim. Creio nos ideais da civilização cristã ocidental e professo a minha fé em Jesus Cristo como filho de Deus.” (The Guardian). [Fonte: Passa Palavra]
Veja notícia aqui (em inglês) e a seguir imagem da página do Mastercard fora do ar.
Wikileaks: O 1º preso político global da internet e a Intifada eletrônica
Julian Assange é o primeiro geek caçado globalmente: pela superpotência militar, por seus estados satélite e pelas principais polícias do mundo. É um australiano cuja atividade na internet catupultou-o de volta à vida real com outra cidadania, a de uma espécie de palestino sem passaporte ou entrada em nenhum lugar. Ele não é o primeiro a ser caçado pelo poder por suas atividades na rede, mas é o primeiro a sofrê-lo de um jeito tentacular, planetário e inescapável. Enquanto que os blogueiros censurados do Irã seriam recebidos como heróis nos EUA para o inevitável espetáculo de propaganda, Assange teve todos os seus direitos mais elementares suspensos globalmente, de tal forma que tornou-se o sujeito mundialmente inospedável, o primeiro, salvo engano, a experimentar essa condição só por ter feito algo na internet. Acrescenta mais ironia, note-se, o fato de que ele fez o mais simples que se pode fazer na rede: publicar arquivos .txt, palavras, puro texto, telegramas que ele não obteve, lembremos, de forma ilegal.(ler tudo)
(...) "A WikiLeaks não é o único editor dos telegramas da embaixada dos Estados Unidos. Outros serviços informativos, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El Pais em Espanha e a Der Spiegel da Alemanha publicaram os mesmos telegramas editados.
Mas é a WikiLeaks, como coordenador desses outros grupos, que apanhou com os ataques e acusações mais maldosos do governo dos Estados Unidos e dos seus acólitos. Fui acusado de traição, embora seja australiano, não um cidadão dos EUA. Houve dúzias de apelos graves nos EUA para que eu fosse “retirado” por forças especiais dos Estados Unidos. Sarah Palin diz que devo ser “acossado como Osama bin Laden”, um projecto de lei republicano apresenta-se ao Senado dos Estados Unidos tentando que me declarem “uma ameaça transnacional” e se desembaracem de mim consequentemente. Um conselheiro do gabinete do Primeiro-Ministro canadiano apelou à televisão nacional para que eu fosse assassinado. Um blogger americano pediu que o meu filho de 20 anos, aqui na Austrália, fosse raptado e mal-tratado por mais nenhuma razão senão para apanharem-me.
E os australianos devem observar sem qualquer orgulho a alcoviteirice ignominiosa desses sentimentos pela Primeira-Ministra Gillard e pela Secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton, que não tiveram uma palavra de crítica para com os outros meios de comunicação. Isto acontece porque o The Guardian, o The New York Times e a Der Spiegel são antigos e grandes, enquanto a WikiLeaks é ainda jovem e pequena.
Somos os da mó de baixo. O governo de Gillard está a tentar matar o mensageiro porque não quer a verdade revelada, incluindo a informação dos seu próprios feitos diplomáticos e políticos. (...) fonte
(...)"Segundo o juiz Howard Riddle, uma mulher identificada como "Miss A." o acusou de "coerção ilegal". A mulher não foi identificada na audiência, um procedimento normal em casos de crimes sexuais na Suécia, mas a imprensa britânica, que já teve acesso ao boletim de ocorrência, afirma se tratar de uma loura de 31 anos, feminista radical, que já foi expulsa de Cuba por atividades subversivas. Segundo ela, Assange "utilizou o peso de seu corpo para imobilizá-la na cama".
A segunda acusação é a de que Assange "abusou sexualmente" da mesma "Miss A." ao praticar sexo sem preservativo, mesmo depois de ela ter pedido que ele usasse um. A mesma "Miss A." o acusa ainda de ter "deliberadamente abusado dela sexualmente" três dias depois.
A quarta ofensa refere-se a uma segunda mulher, identificada como "Miss W.", que o acusa de ter mantido relações sexuais, sem preservativo, enquanto ela dormia. A segunda vítima, de acordo com a imprensa britânica, seria uma fotógrafa de arte, de 27 anos, completamente fascinada por Assange.
Fiança negada. O juiz Riddle negou o pedido de libertação sob fiança de Assange. O jornalista australiano John Pilger, o cineasta Ken Loach e a socialite Jemima Khan se ofereceram para pagar a fiança do fundador do WikiLeaks - cada um teria oferecido cerca de US$ 30 mil. (...)(fonte)
Londres prende criador do WikiLeaks
(...) Assédio. Depois de se apresentar em delegacia para responder sobre acusação de ter cometido crimes sexuais na Suécia, Assange teve negado pela Justiça britânica um pedido de libertação sob fiança; advogado afirma que caso tem motivação puramente política (...)
08 de dezembro de 2010 | 0h 00
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