sábado, 8 de agosto de 2009

General colombiano diz agora que serão sete as bases dos EUA





O anúncio foi feito durante conferência montada pelo Comando Sul dos EUA e pela Colômbia com o pretexto de explicar o acordo repudiado por todo o continente
O comandante das Forças Armadas colombianas e o ministro da Defesa interino, general Freddy Padilla, revelou, na terça-feira, que serão sete as bases militares a serem ocupadas por militares norte-americanos no país, no acordo entre Washington e Bogotá.

O anúncio foi realizado durante a denominada Conferência de Segurança da América do Sul, organizada pelo Comando Sul dos Estados Unidos, sediada na cidade de Cartagena, na Colômbia, com a participação de generais e oficiais da Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. O Brasil foi convidado, mas, segundo o Ministério da Defesa, o almirante-de-esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, chefe do Estado-Maior da Defesa, “não compareceu por motivos de agenda”.


Além da informação que o general Padilla deixou escapar – de que os EUA terão à disposição sete e não apenas cinco bases – o evento, que foi montado com o pretexto de explicar o alcance da interferência militar norte-americana na região, serviu mais para encobrir do que esclarecer o que há de obscuro nesse acordo.

O general Fraser, que representou o Comando Sul, quando indagado a respeito do tipo de equipamento militar a ser usado na Colômbia, desconversou: “Não tenho detalhes específicos sobre o tipo de material” a ser deslocado para as bases.

Padilla assinalou que duas bases do Exército e duas da Marinha se somam às três da Força Aérea. Em duas delas, as operações de militares norte-americanos já eram conhecidas.

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, insistiu que os Estados Unidos e Colômbia devem explicar melhor a instalação das bases militares, pois isso implica a ampliação da presença de tropas estrangeiras na região, “cujo objetivo parece ir muito além do que possa ser a necessidade interna da Colômbia”.

A questão das novas bases estadunidenses na Colômbia preocupa a todo o continente, e será tratada na reunião da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e do Conselho Sul-americano de Defesa, em 10 de agosto em Quito, Equador, coincidindo com a posse de Rafael Correa em sua segunda presidência. Confirmaram a presença todos os presidentes, mas Álvaro Uribe anunciou que não participará, nem o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, criando uma situação de fato consumado e fuga do debate sobre esse tema.


Nas atuais bases militares de Três Esquinas e de Larandia, no departamento (equivalente a nosso estado) de Caquetá, e de Villavicencio, no departamento do Meta, já operam aviões e dispositivos de inteligência do Pentágono, além da presença de tropas. É publicamente conhecida a atuação de 800 efetivos norte-americanos no país, além de 600 “contratados” por “empresas de segurança”, ou seja mercenários. Pelo Tratado acertado, embora não tenham sido divulgados dados concretos, se considera que aumentará esse número. E para piorar a ameaça, os soldados norte-americanos desfrutarão de imunidade, já que Uribe concedeu ao Pentágono que a justiça colombiana fique impedida de investigar e julgar os delitos que os militares estrangeiros cometam no território nacional; também, segundo esses acertos, a Corte Penal Internacional não poderá julgá-los quando cometam crimes de guerra. O Pólo Democrático Alternativo, frente que unifica a oposição na Colômbia, denunciou essa postura servil do governo.

Das novas bases, a de Palanquero, no departamento de Cundinamarca, na região central do país, é a maior e pode atingir outras regiões do continente. Possui uma pista de 3 mil metros, hangares para uma centena de aviões e instalações para 2 mil homens. De lá um avião C-17 poderá percorrer quase a metade do continente sem necessidade de se reabastecer, e “usando o combustível apropriado até sua totalidade com exceção do Cabo de Hornos, no extremo sul”, afirmou Niko Schvarz, membro da Comissão de Assuntos e Relações Internacionais da Frente Ampla do Uruguai.

A de Apiay – que está localizada a apenas 400 km da fronteira do Brasil – fica um pouco mais ao sul e a de Malambo, no departamento Atlântico, ficam próximas a Venezuela, do estado de Zulia, cujo governo está em mãos da oposição a Hugo Chávez. A base naval de Baía de Málaga, sobre o Pacífico, está próxima ao Equador, e a de Cartagena, no departamento desse nome, sobre o Caribe. Os Estados Unidos podem ter assim a movimentação de seus navios militares no Atlântico, no Pacífico e no Caribe.

SUSANA SANTOS
http://www.horadopovo.com.br/ModelosNovaEdicao/P6/pag6a.htm

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Um comentário:

  1. Essa gente fardada é cega, retardada ou vendida?
    Toda nação é vítima de traidores.

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